Poemas Autorais
A Sobrevivente
Semente ao acaso germinada
Da terra fria e estéril me pari
Dei vida à morte sentenciada
Inalei o cheiro da madrugada
E minha própria alma teci
Com um pé e outro no chão
Não sonho sonho impossível
Flutuo junto à imensidão
Das nuvens faço rabiscos
Para engrupir a solidão
O que se foi com o vento
Deixou de sangrar faz tempo
Na aridez do deserto, eu rumo
Sem passado e sem futuro
E se a dor um dia volver...
Quem se importa?
Eu mesma curo
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